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Aumento da renda impulsiona mais o consumo que a poupança
Devido ao histórico de renda e inflação, taxa de poupança no Brasil é uma das mais baixas entre países emergentes
Nilceia Dias,31, até tem uma conta poupança, mas não junta nada. Em compensação, tem casa própria, moto nova na garagem, laptop e vai viajar de avião pela primeira vez em janeiro, para passar férias na Bahia.
Tudo comprado com o que ganha como diarista e fotógrafa -entre R$ 600 e R$ 3.000 por mês. "Melhorou muito nos últimos anos", diz.
Desde que deixou de trabalhar como empregada doméstica, em março, ela passou a contribuir para o INSS como autônoma, mas faz três meses que está atrasada.
"Vou regularizar quando acabar de pagar as prestações da moto", contou.
Assim como no caso de Nilceia, para a maioria da classe C o aumento da renda significou muito mais consumo do que poupança.
Levantamento feito pelo BB (Banco do Brasil) mostra que o volume de empréstimos concedido aos correntistas de classe C, com renda entre R$ 1.115 e R$ 4.807, cresceu 350% entre 2005 e 2010.
Já o volume médio de investimento do grupo aumentou apenas 27% no período.
Segundo o diretor de varejo do BB, Janio Carlos Macedo, o Crédito Direto ao Consumidor é a linha mais comum entre a classe C. É a modalidade que financia carros, móveis e eletrodomésticos.
"Hoje a propensão desse público é consumir mais. Sobra pouco para poupar", diz.
INFLAÇÃO
A opinião é a mesma do sócio da consultoria de varejo GS&MD - Gouvêa de Souza, Luiz Goes. Ele diz que o brasileiro não tem cultura de poupança devido ao histórico de renda baixa e inflação alta.
"Durante anos, o brasileiro não chegava ao fim do mês com dinheiro. Agora, que tem renda e credito, está gastando, devido às necessidades reprimidas de consumo."
Uma pesquisa feita em agosto pela consultoria com 8.500 internautas em 17 países ilustra a baixa propensão do brasileiro para poupar.
O entrevistado deveria dar uma nota de 1 a 10 para seu hábito de poupança ao responder à pergunta: "Você economiza o máximo que pode pensando no futuro?".
A média do Brasil ficou em 6,4, abaixo do resultado geral dos entrevistados (6,7) e dos outros países da América Latina -Chile (7,1), Argentina (7,5) e México (6,7).
Devido ao atual processo de envelhecimento, a população brasileira deveria ter uma taxa de poupança maior, afirma o economista da FGV Samuel Pessoa.
Mas as famílias economizavam apenas 7,6% da sua renda bruta em 2006, dado mais recente do IBGE.
O percentual é bem menor do que o de outros países de mesmo perfil demográfico (na China e na Índia, a taxa supera 30%) e inferior até mesmo à média da União Europeia (11% em 2006), onde jovens já são minoria.
"Na velhice, o rendimento diminui e gastos com saúde aumentam. Os jovens precisam economizar para esse momento", explica.
Por insistência da mãe, o ator e dublador Felipe Grinnan fez um plano de previdência privada há um ano. Mas investe apenas R$ 200, menos de 4% da sua renda média mensal de R$ 6.000.
Na prática, ele não consegue economizar e está sempre devendo no cheque especial e no cartão. O dinheiro vai principalmente para viagens e a coleção de DVDs.
"Quando estou devendo muito, trabalho mais, até em feriado, fim de semana. Mesmo assim nunca pago a fatura inteira do cartão. Não consigo cortar gastos", contou.
A taxa de poupança do Brasil, que indica a quantidade de recursos disponíveis para financiar os investimentos do país, está hoje em 18%, uma das mais baixas entre países emergentes.
Quem mais contribui para o resultado é o governo, cuja poupança é negativa.
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