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Bancos veem demanda moderada por crédito para investimentos
Ouvir o que as áreas que lidam com crédito às empresas têm a dizer pode ser um indicador importante do investimento futuro
O apetite das empresas em tomar recursos para financiar o investimento produtivo deve crescer de forma moderada em 2013, puxado por projetos nas áreas de infraestrutura, agronegócio e varejo, apontam os bancos. Ouvir o que as áreas que lidam com crédito às empresas têm a dizer pode ser um indicador importante do investimento futuro, já que os bancos têm sido responsáveis por mais da metade dos desembolsos do BNDES nos últimos anos sendo, portanto, peça-chave no esforço do governo em aquecer a economia com recursos mais baratos.
"O cenário está mais normalizado do que no começo do ano passado. Não vamos ter um ano eufórico, mas pode ser interessante", diz João Consiglio, vice-presidente executivo da área corporate do Santander, para quem a retomada, ainda que em menor velocidade, deve começar por maior investimentos no setor de infraestrutura.
O Banco do Brasil aposta boa parte de suas fichas nos projetos ligados a construção civil, setor de óleo e gás e agronegócio, este último puxado por expectativas de boas safras e preços e condições meteorológicas favoráveis. "É isso que deve levar a um crescimento ainda maior da nossa carteira de empréstimos", diz o diretor comercial do BB, Antônio Maurício Maurano. "Muitos projetos foram desenhados no segundo semestre de 2012 para ser iniciados em 2013 e queremos participar disso."
Caio Megale, economista da área de macroeconomia do Itaú, diz que, no geral, o sentimento que predomina entre as empresas é de aversão a risco. Para ele, a demanda das empresas por novas linhas de crédito ainda depende de uma melhor compreensão das causas que levaram a economia a crescer só 1% em 2012, mesmo com tanto estímulo.
Megale, que faz justamente a interface da equipe de macroeconomia do banco com a área corporate, diz ainda que muitas empresas fizeram investimentos vultosos depois da expansão acelerada do PIB em 2010, o que, face ao ritmo lento da economia nos anos seguintes, acabou gerando capacidade ociosa e estoques elevados.
O economista identifica, no entanto, pelo menos três setores que fogem à regra e se dispõem a investir não só na melhoria da capacidade instalada, mas também em planos de expansão: além do agronegócio, o varejo voltado para a classe média e a infraestrutura. "A história da infraestrutura é mais interessante porque é mais nova".
O Itaú projeta um aumento de 3,6% na formação bruta de capital fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas e construção civil). "Não é uma grande aceleração, mas já indica uma reversão da tendência letárgica vista nos investimentos" diz.
Segundo Megale, o varejo com foco em renda apresenta fortes planos de expansão, englobando desde a indústria de bens duráveis, como eletroeletrônicos, até empreendimentos mais modestos, como lojas de bijuterias, joalherias, materiais esportivos e academias de ginástica. Mas é na infraestrutura que, em suas conversas, o economista enxerga a retomada mais forte. "Do fim do ano passado para cá as obras de infraestrutura deram uma boa acelerada em diversas regiões e isso já começou a se refletir em aumento de demanda por insumos, como grandes máquinas."
Simão Damasceno, superintendente executivo do corporate do Votorantim, diz que é notável uma melhora do humor de seus clientes interessados em investimentos em infraestrutura, de olho especialmente nos anúncios de novos leilões de aeroportos, portos e rodovias. "Em 2012, o cliente ficou aguardando a definição do marco regulatório para infraestrutura e acabou se segurando. Essa seria a explicação para desembolsos menores." (ver reportagem nesta página).
Segundo Damasceno, o banco tem recebido diversas consultas visando a retomada do investimento em vários setores. "A expectativa é que no decorrer do primeiro trimestre tenhamos mais dados de quando essas conversas vão efetivamente virar investimento", diz.
Ainda mais cauteloso, Fernando Freiberger, diretor do corporate banking do HSBC, diz que, após registrarem vendas mais fracas e custos maiores em 2012, as companhias entram o ano em um cenário ainda complicado. "A largada está sendo surpreendentemente ruim em termos de dificuldades para as empresas, com um número alto de recuperações judiciais solicitadas nas últimas semanas, o que mostra que a economia ainda está bastante pressionada."
Segundo Freiberger, a carteira total do banco voltada para empresas ficou estável em 2012 em relação ao ano anterior. "A boa notícia é que liberamos 20% mais recursos no segundo semestre em relação à primeira metade do ano". Para ele, 2013 deve ser marginalmente melhor, com os segmentos de infraestrutura e agronegócio liderando a recuperação. "Mas a vontade de expandir a capacidade produtiva em 30% ou 50% ainda não vemos", diz.
Freiberger identifica três grandes fontes a acelerar os pedidos de financiamento ao setor produtivo em 2013. Um movimento forte de renovação de frotas de caminhões no segmento de máquinas e equipamentos; o agronegócio, com destaque para soja e milho, favorecidos pela China; e, mais uma vez, a infraestrutura. "As conversas com algumas empresas interessadas nas concessões de aeroportos estão bastante adiantadas", diz o executivo do HSBC.
Megale, do Itaú, resume bem o clima que, pelo menos por enquanto, predomina nas áreas de atendimento corporativo dos bancos. "Os impulsos econômicos estão aí, com juro baixo e desonerações. Falta uma energia de ativação para quebrar um pouco a inércia da incerteza e esses planos começarem a ser concretizados."
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