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Mais de 31 mil empresas entraram com pedidos de recuperação judicial na última década, aponta estudo
Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar no ranking dos estados com maior número de empresas em RJ
Um levantamento inédito realizado pela Predictus mostra que 31.773 empresas recorreram à recuperação judicial no Brasil entre 2015 e o início de 2025. O dado revela a dimensão da crise de solvência enfrentada pelo setor empresarial no país, agravada por choques econômicos, mudanças de mercado e, especialmente, pelos efeitos da pandemia de Covid-19.
No período analisado, foram registrados 48.205 processos de recuperação judicial, atingindo diretamente mais de 33 mil empresas credoras, o que eleva para quase 66 mil o número total de companhias envolvidas nesses processos. O ano de 2017 foi o pico histórico em pedidos, seguido de um novo salto em 2020, no início da pandemia, com níveis persistentemente elevados até 2024.
“Os números refletem não só a instabilidade macroeconômica, mas também desafios estruturais de gestão e adaptação enfrentados por empresas de todos os portes”, afirma o fundador da Predictus, Hendrik Eichler.
A pesquisa revela que o problema não está restrito às micro e pequenas empresas. A maioria dos pedidos partiu de companhias classificadas como “Demais” – ou seja, médias e grandes –, com idade média de 34,6 anos, muitas com faturamento superior a R$ 100 milhões e quadro funcional de centenas a milhares de empregados.
“A predominância do porte 'demais', a idade média elevada e os números expressivos de receita e funcionários para muitas dessas empresas desafiam a percepção comum de que a recuperação judicial é primariamente para pequenos negócios em dificuldades. A presença substancial de Sociedades Anônimas (abertas e fechadas) indica dificuldades mesmo em formas corporativas mais estruturadas. Isso sugere que problemas sistêmicos, rupturas de mercado ou má gestão de longo prazo são causas prováveis, em vez de apenas desafios de negócios em estágio inicial. A falha de tais empresas pode ter efeitos em cascata maiores nas cadeias de suprimentos e no emprego”, aponta Eichler.
O estudo ainda aponta que 3.900 empresas recorreram a mais de um processo de RJ, sugerindo dificuldades crônicas ou reestruturações mal-sucedidas. Outro dado do estudo indica um avanço na modernização do sistema judicial, já que 91% dos processos são digitais.
Recuperação judicial pelo Brasil
A Região Sudeste concentra 71% dos casos de recuperação judicial, com destaque para São Paulo (12.747) e Rio de Janeiro (6.208), seguidos por Rio Grande do Sul (3.597), Minas Gerais (2.726) e Paraná (1.339). Somados, os quatro principais estados respondem por aproximadamente 77% de todas as empresas em RJ, evidenciando uma extrema concentração. Esta distribuição espelha de perto a concentração econômica do Brasil, particularmente no Sudeste.
No panorama das cidades, São Paulo lidera com 6.412 casos, seguida por Rio de Janeiro (4.823), Porto Alegre (1.081), Belo Horizonte (768) e Brasília (600). Apenas estas cinco cidades respondem por 43,07% de todos os casos de RJ. Capitais e grandes áreas metropolitanas são os epicentros dos pedidos de recuperação judicial.
Setores mais afetados
Entre os setores mais afetados estão a Indústria (7.564 empresas), o Varejo (6.923) e a Comunicação (3.441), com destaque para os impactos do caso da Oi S.A., que sozinho responde por milhares de processos.
Setores como o de supermercados viram um aumento nos pedidos de RJ durante e após a pandemia, potencialmente devido a interrupções na cadeia de suprimentos, inflação e mudança nos hábitos de consumo. Em contraste, a construção civil experimentou uma queda inicial. Isso evidencia que a pandemia não foi um choque monolítico; criou distintos vencedores e perdedores, ou pelo menos, diferentes cronogramas de dificuldades financeiras.
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